[Resenha] Escola de Equitção Para Moças

 Sinopse: Em 1930,  a adolescente Thea é enviada a um exclusivo internato de elite na Carolina do Norte. Tendo sido educada pelo pai,  levava uma vida dos sonhos com o irmão gêmeo em um paraíso isolado na propriedade da família, na Flórida, até que um trágico acidente a obriga a se afastar.

Inserida em um novo e complicado ambiente social, em que jovens são julgadas com base no dinheiro da família, na linhagem, e na aparência, Thea luta contra sentimentos avassaladores de culpa e saudade de casa ao mesmo tempo que tenta se encaixar na nova realidade. Por ser a novata Thea é objeto de especulação e, embora sua família seja rica para os padrões da florida, ela percebe que as colegas com suas joias, vestidos elegantes e modos sofisticados, pertencem a uma classe bastante diferente da sua. Thea sabe, no entanto que sua beleza e seu talento de montaria podem lhe garantir reconhecimento e ajuda-lá a conseguir o que quer.

Em Escola de Equitação para Moças, Anton DiSclafani transporta o leitor para outra época e mostra que mesmo os pais mais protetores não podem impedir que seus filhos tornem-se adultos.

Editora: Intrínseca
Titulo Original: The Yonahlossee Riding Camp foi Girls
Autora: Anton DiSclafani
Páginas: 336


Classificação 5/5


Este é um romance que se passa no início da década de 30, nos Estados Unidos. A protagonista não é particularmente rebelde, ou submissa, mas tem uma personalidade forte e determinada. Na flor de sua adolescência, ela se permite experimentar sensações novas; e raramente deixa de seguir em seu próprio tempo. Mas sua imprudência e as circunstâncias levaram a um trágico incidente, que muda a dinâmica da família de Thea ( a protagonista) para sempre. Sendo culpada por todos - inclusive por si mesma, embora não o seja -, ela é mandada para longe.

Aqui, há uma certa divisão de tempo: o que ela vive no presente, e sua antiga vida, mostrando todo o desenvolvimento de sua história até o ponto em que o livro começa. Algumas vezes esses flashbacks são apresentados como memórias de Thea, cujo ponto de vista está em 1ªpessoa e abarca todo o livro. Eles nem sempre têm relação com o incidente, mas todos envolvem a antiga rotina de Theodora Atwell. Mas especialmente com seu irmão gêmeo, a quem era muito apegada, e seu adorado pônei  Sasi.

Cavalgar é sua grande paixão, e acredito que, psicologicamente, foi o que mais a ajudou a adaptar-se no internato; sua escassa experiência com moças de sua idade acaba tornando um tanto singular em suas relações sócias. Mas ouso dizer que esse distanciamento faz bem à personagem; lhe permitiu pensar com mais clareza, e a amadurecer mais completamente. Thea não deixou de fazer o que desejava, mas passou a ter plena consciência de seus atos, e a aceita-los ao máximo que permitia sua natureza.

Escola de Equitação para Moças tem uma escrita fluida e carregada de personalidade, que me agradou bastante e fez por merecer a classificação recebida. Mas se você é sensível a temas polêmicos, especialmente relacionados a sexo, este livro talvez não agrade. Ele é curto, mas recomendo a leitura mais atenciosa, para que o leitos possa captar melhor suas inúmeras nuances.

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