Sinopse: "Onani" significa masturbação. E é nisso que esse garoto é bom. Todo dia, depois da aula, ele se esconde no banheiro feminino menos usado, no 3º andar do prédio 1 da escola, e lá se masturba. Até o dia em que ele é descoberto...


Nome Alternativo: Masturbation Master Kurosawa
Arte: Takuma Yokota
Roteiro: Ise Katsura

Spin-off: Afther the Juvenile


Classificação: 3,5/5
 

 Esse é um mangá muito... marcante, mal sei o que falar dele, então vou começar pelas origens: apareceu na internet a alguns anos com esse nome duvidoso (Kurosawa, O Mestre da Masturbação), é quase uma parodia do light Yagami, o rosto e o modo de agir são bem parecidos, e pra mim foi impossível gostar dele até o final.

A trama se inicia com a masturbação dele no banheiro da escola, uma coisa rotineira para o mesmo. Quando terminei o primeiro capitulo estava além de chocado, o motivo de ter continuado não me lembro. Mas podemos perceber que Kurosawa, o protagonista (óbvio), é bem retorcido por dentro, com uma índole pra lá de duvidável, ele e seus atos vão se iniciando.

Logo a segunda personagem mais importante da trama aparece, Kitahara. A garota sofre bullying, os autores nos mostram muitas cenas fortes quanto a isso, e como isso afetou ela e a todos com quem ela interage. A principio pensei que ela fosse o par romântico dele ou algo assim, errei feio! Kitahara esta mais para cúmplice.

Kurosawa ao perceber o que a garota sofre, passa então a punir as agressoras. Essa parte me entreteu muito, a forma como cada uma das garotas agem tão diferentemente quando "punidas". E rapidamente me vi envolvido nela, não gostava do enredo mas não pude parar de ler.
De longe foi o melhor pior anti-herói que já vi, mesmo anos depois nunca cheguei a conhecer outro igual.

Fiquei muito confuso como o desenvolvimento (de uma forma boa) vai mostrando como o Kurosawa cresceu, o clima de romance, os amigos, o primeiro amor, vai tudo se misturando numa trama interessante.

Até os cenários escuros e sombrios casaram com o enredo de forma inigualável, ás vezes me pareceu que estava inacabado, mas acho que era isso que Takumi Yokoma (arte) queria.

O ponto mais alto é a metade,"Bizarre Love Triangle", o nome do capitulo até hoje está decorado tamanha a surpresa, choque e apatia que me deixou o mesmo, não sei como Ise Katsura (roteiro) teve cabeça pra fazer algo assim.


Depois daí percebi que o mangá não é algo sobre masturbação (risos) e sim sobre crescer, pois é isso que vi, o crescimento de alguém, a personagem do primeiro capitulo e o personagem do ultimo só tem o nome (Kurosawa) em comum.

Acho que os mangakás conseguiram o que queriam, muitos apontam Onani como uma obra prima, e de fato é, dá pra se notar só pelo alcance que atingiu mesmo sendo Doujinshi e como supera muitas obras que foram lançadas por aí

Considerações Técnicas: A forma de desenhar não é das melhores (afinal foi desenhada a lápis), é estranha e meio inconsistente, mas mesmo assim não incomoda, acho que faz parte do mangá. Porém mesmo com a arte estranha não deixa nada a desejar o enquadramento, por exemplo, é tão bom quanto o de outros mangás. Mesmo que para alguns a beleza seja importante (eu inclusive) não achei que nesse mangá fosse, aqui a estranheza do enredo e a estranheza da arte se completaram e não seria a mesma coisa se fosse feita de forma diferente.

Os personagens são bem profundos e carismáticos, não tem como não gostar de algum, gostei muito da forma que acabou, é bem legal ler/assistir algo que assim que termina te dá vontade de refletir, e é isso que Onani faz, todo capitulo.

Penso que muitos vão se identificar, sonhos, amores, desilusões são algo que todos tem por isso a sensação de nostalgia é imensa quando você lê.

Pra quem gosta de historias com teor altamente psicológico... está mais que indicado, e pra quem não gosta também, é muito marcante!