![]() |
Sinopse: Carson Phillips está – graças ao bom Deus – no último ano do colégio e prestes a realizar um dos maiores sonhos de sua vida: estudar jornalismo na Universidade de Northwestern e deixar a pequena cidade de Clover e sua família problemática para trás. Mas, para isso, precisa sobreviver ao último ano, parar de questionar a autoridade dos professores e do diretor e, o que é mais importante, convencer seus colegas a participar de uma revista literária, que ele acredita ser seu passe de entrada para a universidade. Como esperado, nenhum estudante – além de Malerie, sua fiel escudeira – se interessa em colaborar. E, já que ninguém vai por bem, Carson é obrigado a usar de meios um tanto reprováveis. Munido dos segredos obscuros dos alunos mais populares do colégio, Carson e Malerie iniciam uma caçada para conquistar colaboradores. Engraçado e inteligente, "O diário de Carson Phillips" mostra o dia a dia “das trincheiras” – como Carson chama os corredores do colégio – e traz à tona, de maneira espirituosa, as relações complexas, e muitas vezes hilárias, que acontecem dentro das escolas.
Editora: Benvirá.
Título Original: Struck By Lightning.
Autor: Chris Colfer
Páginas: 224.
Classificação: 4/5 estrelas.
Tenho uma palavra para este livro... Ótimo! E vou contar os meus motivos que me levaram a sentir isso. O Diário de Carson Phillips é uma adaptação literária do filme Struck By Lightning, produzido e protagonizado por Chris Colfer, o Kurt Hummel de Glee. E esse cara simplesmente me surpreendeu com a sua divertida maneira de se contar esta história.
Não assisti ao filme, mas nada me impediu de sentir os personagens bem próximos, caricatas personalidades do high school. As imagens do filme que contém no final do livro, possuindo pequenas legendas bem humoradas, é um grande acerto, motivo que nos ajuda a mergulhar ainda mais no universo da cidade de Clover.
Bem, o diário conta a vida de Carson, um garoto que já está em seu último ano do ensino médio e está ansioso para se livrar da escola e da cidade em que vive para poder seguir seus sonhos que cultiva desde pequeno, ingressar na Universidade de Northwestern e futuramente torna-se editor do The New Yorker. Entretanto, ele descobre que é preciso mais do que comandar a equipe do jornal da escola para conseguir a carta de aceitação, por isso ele planeja uma revista literária, que é um grande problema já que Carson não possui nenhum apoio dos professores por sempre discordar deles, e principalmente, é odiado por todos os seus colegas.
Quando ele flagra dois colegas numa situação comprometedora, ele promete não revelar nada a ninguém... Mas, com a condição de que eles participem de seu projeto, dando início a uma grande idéia. Como cada pessoa possui um segredo escuro, ele só precisa descobrir alguns dos mais populares da escola para deixá-los palma de sua mão e assim obrigá-los a escrever para sua revista.
A prepotência e a superiodade de Carson em cima dos seus colegas rende divertidos momentos que me impediram de torcer contra ele. Mesmo a visão amarga sobre sua vida, possuindo uma avó com Alzheimer, uma mãe depressiva incapaz de superar o fracasso de seu casamento e um pai ausente, ele segue sua vida sem deixar se abater, com sua ideias mirabolantes e mesmo quando está errado, ele tem a consciência disso e vai tentando consertar a sua maneira.
"E, mesmo que eu nunca saia de Clover, mesmo que eu jamais entre na Northwestern ou escreva para a New Yorker, mesmo que esses sejam somente devaneios que tomam o meu tempo, agradeço a Deus por eles, porque, sem um significado, sem uma motivação ou um foco, sem sonhos ou objetivos, a vida não vale a pena ser vivida."
Não deixando de mencionar que sem dúvida, os momentos mais engraçados do livro é quando está ao lado de sua leal parceira, Malerie, a plagiadora de ideias. O diálogo entre os dois arrancou muitas das minhas risadas que me fizeram pausar a leitura por um momento.
Quanto ao final, mesmo ficando triste com o desfecho, Colfer simplesmente arranca o chão do leitor ao virarmos uma única página. Ele nos faz pensar: "Mas que cachorrada é essa?!", mesmo com a imagem final do livro, foi totalmente inesperado, o que me tornou incapaz de imaginar. É insano!
"Como uma grande ideia, a vida nos arrebata de repente. Ela nos acerta em cheio e tenta escapar e ser expressa de qualquer forma possível. Em um sentido, é como... Um raio."
De qualquer forma isso não apaga as qualidades descritas e o talento de Chris Colfer para escrever. Repleta de referências pop, ele criou o tipo de história que nos alegra com boas risadas, nas mãos de qualquer leitor. Seu sarcasmo e a fuga do estereótipo de histórias do ensino médio americano.
Sua saga, Terra de Histórias já está na minha lista de pendentes, assim parando de enxergá-lo como apenas um ator por seu papel na série. Esse cara promete e merece o reconhecimento por isso!
Nenhum comentário :