[Resenha] Jogos Vorazes: A Esperança- Parte 1

Sinopse: Após ser resgatada do Massacre Quaternário pela resistência ao governo tirânico do presidente Snow (Donald Sutherland), Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) está abalada. Temerosa e sem confiança, ela agora vive no Distrito 13 ao lado da mãe (Paula Malcomson) e da irmã, Prim (Willow Shields). A presidente Alma Coin (Julianne Moore) e Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman) querem que Katniss assuma o papel do tordo, o símbolo que a resistência precisa para mobilizar a população. Após certa relutância, Katniss aceita a proposta desde que a resistência se comprometa a resgatar Peeta Mellark (Josh Hutcherson) e os demais Vitoriosos, mantidos prisioneiros pela Capital.

Direção:
Francis Lawrence
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth,Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Jeffrey Wright, Donald Sutherland.
Estreia Mundial: 21 de novembro de 2014 (2h3min)

Roteiro: Peter Craig e Danny Strong

Classificação: 5/5


 Caros tributos, antes de qualquer coisa, esqueçam tudo aquilo que já viram nos dois filmes anteriores da Saga Jogos Vorazes. A primeira parte de A Esperança veio como uma onda arrebatadora de efeitos especiais, fidelidade ao livro, produção de primeira e, principalmente emoção do início ao fim. Não que os outros filmes estejam fora destes contextos, mas este último alcançou níveis elevados do que os anteriores. Podemos atribuir isso à história do filme em si, que por se tratar do último livro da Trilogia, vem com uma pitada de drama, expectativa pelo desfecho da história e sentimento de saudade antecipada. O sofrimento dos protagonistas e a excelente atuação dos atores acrescentaram ainda mais no filme como um todo.

“A Esperança” não começa exatamente de onde “Em Chamas” terminou, mas houve um leve e quase imperceptível avanço no tempo e se inicia com Katniss em meio a uma crise já no Distrito 13. É aí onde entra a atuação de Jennifer Lawrence, nossa ganhadora do Oscar. Quem leu o livro pôde ler a agonia, instabilidade, medo, insegurança, tristeza e confusão que Katniss estava passando e Jenn trouxe isso para sua atuação, com uma pegada um pouco mais leve e característica dos filmes da saga. Mas a glória não fica apenas para ela, Josh Hutcherson teve uma atuação impecável, emocionante e digna de lencinhos. (Fica a dica: Se gostar nem que seja só um pouquinho do Peeta, leve uma caixa de lenços, pois você, leitor dos livros, sabe muito bem o quão desesperador é a trama do personagem, e você, que não teve a oportunidade de ler, vai levar um choque...). Não iremos desprezar a atuação do restante do elenco, que ficou incrivelmente fiel tanto nas características físicas quanto nas emocionais dos personagens descritos na obra de Suzanne Collins.

Quando os filmes de Jogos Vorazes vêm à nossa cabeça, logo pensamos naqueles efeitos especiais que são usados e abusados, principalmente durante as cenas da arena. Em A Esperança, veremos a computação gráfica presente em praticamente todas as cenas, mas o trabalho realizado pelos editores foi meticuloso e tão bem feito, que só percebemos a irrealidade devido o conhecimento que a maioria daquilo não existe no nosso mundo. Um trabalho excepcional e sem nenhum tipo de contestação, foi realizado em Josh Hutcherson. Sem aprofundamentos, senão virará um spoiler, mas apenas tenham em mente que ele não emagreceu um grama sequer para gravar as duas partes (As duas partes foram gravadas juntas).

Aos tributos leitores, podem respirar sossegados. O filme foi fiel ao máximo que o tempo de duração permitiu. Alguns acontecimentos foram cortados, porém no final podemos dizer que eles não foram fundamentais e não prejudicaram a cronologia da história. As cenas principais foram todas adaptadas com perfeição e apenas algumas secundárias sofreram alterações mínimas, e realmente não ficou de todo mal. Não esquecendo que com o lançamento do DVD (sem data prevista) é muito provável que haja cenas deletadas e cenas estendidas para nossa alegria.

Em relação à trilha sonora há pouco para dizer. Na maioria das vezes ela se ofusca devido a sua atenção estar fixada no acontecimento da cena, mas nota-se que como em todo o filme, a trilha veio completar a imagem visual, ressaltando as emoções transmitidas na tela. Um destaque é nossa caloura em canto, Jennifer Lawrence cantando a esperada canção The Hanging Tree. Sim, é isso mesmo que você leu. Caso assista ao filme na versão dublada, não se desespere: Nos créditos, após  “Yellow Flicker Beat”, os produtores resolveram nos presentear com o áudio original e completo de Jennifer cantando. Então, não saia da sua cadeira até ouvir, pois vale a pena e o ingresso. Falando nisso, houve reclamações de pessoas que foram “expulsas” do cinema após a rolagem dos créditos, mas não se preocupem, eles não tem o direito de realizar tal ação, pois você pagou o direito de assistir ao filme completo e isso inclui os créditos. Então, caso isso aconteça com você, garanta seus direitos.


No final do filme, apenas por precaução, leve uns lenços extras para a sala. A emoção varia de pessoa por pessoa, mas pela reação generalizada de quem assistiu, inclusive a minha, você vai precisar. Outro ponto bastante pontuado foi o “gostinho de quero mais”, pois quando realmente a história ia dar o arranque, o filme acaba, deixando as pessoas atrás da tela na expectativa e tendo que esperar mais um longo ano para isso.

Deixando de lado os aspectos mais técnicos. Você, que é fã e/ou curte a saga Jogos Vorazes vai se apaixonar pelo filme e vai querer assistir muitas e muitas vezes até passar a euforia. Você provavelmente vai chorar, ou quase isso, em algumas cenas e xingar alguns personagens, fora os mini ataques do coração e os sustos. Uma dica: Se não leu os livros, os leia. Embora os três filmes tenham sido fiéis até agora, nada se compara a emoção e aos milharem de detalhes e acontecimentos a mais descritos no papel, então, os faça sem qualquer receio.


Bom filme para todos, e que a sorte esteja a seu favor _|||_

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